Silêncio ensurdecedor, mesmo com Gal na vitrolinha. Ambos calados, a chuva fina tocando o chão. Viviam tão dispersos, olhavam para o lado demais... Enganaram-se, não por mal, na contramão. Tinham a certeza de que alguém destruiria seu jardim. Mas passaram-se 3 anos e o castelo que com pedras da serra construiram ainda estava (quase) intacto. 3 anos, meu Deus, uma eternidade! E, como num balé mau ensaiado, separaram-se. Como? Só afastaram-se. Puro e simplesmente, afastaram-se. "Teu castelo só me prendeu, viu?".
Conheceram-se aonde, afinal? No Rio de Janeiro. Verão, fevereiro ardente, noites ao funk. Viram-se num desses batidões. Beijaram-se entre uma ou outra cerveja. "Você ainda vai me amar amanhã ao meio-dia?". Na manhã seguinte, num albergue barato em Ipanema, ela amanheceu vomitando os horrores. Exagerou no álcool, todos sabiam. Ele estava lá, ajudando-a. Foi aí que uniram-se - e uniram-se mais ainda quando ela passou mal pela segunda vez. Quando visitaram a bateria da Mangueira, já estavam completamente apaixonados.
E agora estavam lá, tentando arrumar desculpas para separarem-se.
"I wanna be away from here, quando essa bomba explodir..."
Ela não suportou - desatou a chorar e correu de encontro a porta vermelha daquele pequeno apartamento de Blumenau. Mas, antes que ela chegasse onde queria, ele a segurou pelo braço:
- Dê-me uma chance e eu tornarei o mundo mais belo novamente.
De repente, o mundo ficou mais belo novamente.
"Butterfly, baby, well you've got it all".
"De repente, não mais que de repente..."
ResponderExcluirBeijo.
Hah, corações em meio as linhas...
ResponderExcluirFique com Deus, menino J. Bertonie e menina Sam.
Um abraço.
Dê-me uma chance e eu mudo seu roteiro pré - determinado...
ResponderExcluirtudo que preciso ouvir (:
grande texto, menino Bertonie, bem como você.
beijos e sorrisos