Era lágrima. Ele queria ter nascido palco. Ele não queria ter nascido plateia. Mas assim ele nasceu. E tinha de carregar o fardo de ser o que ele não queria ser para satisfazer a um mundo que não a ele pertencia. Era lágrima. E a carne que o vestia era a mesma que o vinha despindo e o tornando servo de si mesmo. Tinha vergonha de ter nascido ele. Aquele rosto frio e feio e o corpo disforme não poderiam ser seu. Ou poderiam? Céus, por que sofria? Por que sofria calado? Por que não se manifestava ao mundo de água e terra, não saía e libertava-se deixando a alma voar e esvair-se? Eu não sei. E quando encontrar-me com ele, saberei dizer apenas isto: É lágrima.
A morte veio para ele como um toque de liberdade, de arrebatamento precoce - ou tardio? Morreu na avenida em horário de pico por entre vários outros cadáveres que, seguros em suas prisões individuais, dirigiam para suas casas. Talvez a morte o tenha levado para sua verdadeira casa. Sei lá...
Aff, um belo texto, mas meio depressivo, pois para que esperar a morte para ter uma solução da sua vida?!
ResponderExcluirE dias menores menino.
Fique com Deus, menino Bertinie e menina Sam.
Um abraço.
Triste. =/
ResponderExcluiraah, pra ser sincera, amo textos depressivos aehaueh li do começo ao fim, e, por pouco, não derramo uma lágrima. adorei a sensibilidade.
ResponderExcluire o blog é muuuito lindo.
obrigada pelo comentário lá no meu espaço (:
njão, to seguindo ;*
aah, pra ser sincera, amo textos depressivos aehaueh li do começo ao fim, e, por pouco, não derramo uma lágrima. adorei a sensibilidade.
ResponderExcluire o blog é muuuito lindo.
obrigada pelo comentário lá no meu espaço (:
bjão, to seguindo ;*
NUUUUSS que coisa mais profunda
ResponderExcluirserio curti mesmo!
Ameiii!! Como diria Maiakovsky ... a maior felicidade do homem é cometer o suicídio!!! rsrsrsrsrs
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